As Minhas Razões pelo NÃO

O teor do meu post passado foi uma provocação.

Sou pelo NÃO, convictamente.

Mas não, necessariamente pelos argumentos supra referidos.

Sou pelo NÃO pelas seguintes Razões:

Uma pela Vida.

Porque, e não importa as voltas que se quiserem dar, as 10 semanas de gestação a Vida já existe no útero da mulher. E não se venha dizer que não é vida humana. Foi gerada por um homem e uma mulher, se não é vida humana é vida quê? Vegetal, Animal…

Outra Razão é porque, honestamente, não vejo o Aborto como uma solução para nada em pleno Sec. XXI. Pelo contrário vejo o aborto como uma solução reaccionária e retrógrada para tudo e para todos.

Existem actualmente inúmeras técnicas de controlo da natalidade, técnicas femininas, masculinas, farmacológicas, médicas e até de recurso (como a famosa pílula do dia seguinte).

Não há hoje qualquer justificação médica para a liberalização do Aborto. Não há uma única.

Todos os Argumentos que o Sim apresenta são argumento esclerosados e caducos com teorias sociológicas e demográficas presas ao Sec. XVIII e XIX iniciadas por Malthus, ou argumentos histéricos e ridículos dos movimentos Feministas, com complexo de inferioridade, de finais dos Anos Sessenta… do Século passado.

Não há um único argumento actual, social ou culturalmente falando.

E esse de Portugal ser dos poucos países na Europa com uma legislação deste tipo, faz rir!

Por essa lógica, pela coragem que os nossos governantes afinal demonstram, Portugal jamais teria sido o segundo Pais no Mundo e o primeiro na Europa na abolir a Pena de Morte, pois a modernidade está na maioria!

Mas o que me leva a ser contra o Aborto no fundo, no fundo, é o defender que as pessoas devem ser responsáveis pelos seus actos e ter coragem para os assumir.

E isso eu sempre o fiz, na minha vida e sempre exigi aqueles que me rodeiam.

E essa falta de coragem, para se assumir os nossos actos, que é gritante no Sim.

Quando eu faço uma coisa eu assumo as consequências, tenha sido um erro o que fiz ou não.

Ora não devemos nós ser responsabilizados sob tal prisma? Ou antes devemos ter válvulas de escape, estrategicamente colocadas nos locais certos para podermos fugir as responsabilidades?

Não é verdade que devemos ser responsabilizados pelos nossos actos? Não é assim com os alunos, com as crianças, com os adultos nos empregos, nas nossas relações sociais e até no transito?

Porque é que as coisas devem ser diferentes no Sexo, no Prazer Puro e Duro?

As pessoas devem ser responsabilizadas, como adultos que são, pelos seus actos.

Mas não. Os defensores do Sim preferem ter uma rede, hipocritamente preferem ter uma saída para os seus erros, para os seus azares para os seus descuidos, tudo á custa do elo mais fraco.

Caríssimos, da minha parte primeiro penso, depois tomo medidas e por fim ajo.

Se as coisas não forem como esperava, sou obrigado a correr esse risco e a assumir as consequências, pois sou demasiado responsável para necessitar de saídas.

Nunca deixei de fazer o que quis, durante a vida, em todos os aspectos da mesma, incluindo no sexo.
E só me arrependo do que não fiz!

Mas o que faço, faço conscientemente e cá estou para assumir os riscos e pagar a factura.

Eu e só Eu, sem necessidade de me desresponsabilizarem dos meus actos.

O Sim é, de facto, um excelente argumento para deixarmos de ser responsáveis.

E isso para mim NÃO OBRIGADO!