Há limites ao direito à Greve?
Em finais de Novembro, ou princípios de Dezembro de 2005, enquanto os professores estavam numa grande manifestação em Lisboa, o Governo tornou publico um relatório onde era criticado o absentismo às aulas dos mesmos professores.
Foi o fim do mundo. Não houve organização sindical, nomeadamente, as ligadas ao ensino, que não criticasse a atitude do Governo. Não criticaram o relatório em si, mas sim, o momento em que o mesmo havia sido tornado público.
Não critico o direito à greve. É, na minha opinião, um direito essencial dos trabalhadores. E obviamente, na marcação dos dias de greve, deve ser considerado aqueles que mais prejudicam a entidade patronal, ou quando não prejudicam, pelo menos mais afectam a imagem da entidade patronal. Só assim, o direito à greve tem algum impacto.
Por isso, não aceito, mas compreendo, que os sindicatos dos professores tenham marcado para os mesmos dias da realização dos exames nacionais, os seus dias de greve (Julho de 2005).
Prejudicou mais os alunos e respectivas famílias do que o Governo, mas o impacto na comunicação social foi tremendo.
Mas ao fazer isso, os sindicatos abrem a porta a que a outra parte, a entidade patronal, neste caso o Estado, venha usar da mesma técnica, ou seja, aproveitar a comunicação social para fazer estragos na luta dos professores, daí a publicação do relatório no dia da manifestação.
Por que, falar disto agora? É hoje notícia a greve dos funcionários de uma das empresas que faz a travessia marítima do Rio Tejo. Curiosamente, ou talvez não, a referida greve só ocorre em determinadas horas do dia – as chamadas horas de ponta.
Não sei se haverá resposta da entidade patronal. Mas não fiquem os sindicatos, e os trabalhadores ofendidos se a empresa responder na mesma moeda. Este é um jogo que ambas às partes podem jogar, apenas é preciso saber jogar.
E que ganhe o melhor.
5 Comments:
Com a tentativa do governo de quase fazer voltar a escravatura, enquanto que os seus membros continuam refastelados no poder e cada vez mais bem servidos, ao contrário da maioria dos portugueses, o que se impunha (se as pessoas fossem inteligentes) era uma greve geral nacional durante uma semana, no mínimo, e sem respeitar serviços mínimos nem requisições civis do governo. Se os portugueses tivessem tomates para fazer isso, queria ver que técnica conseguia a ladroagem do governo utilizar.
Bem os hospitais não!!!o resto que se lixe. Eu por mim, tiro já férias uma semana!Passo do pouco fazer, ao não fazer nenhum!! ahaha!!
Excelente texto, pois os prejudicados são asempre os mesmos, os consumidores, os cidadãos.
Grande texto, Cucagaio.
ò Macaco não deixas de ter razão, mas temo que se caia numa perigosa anarquia. Bem ou mal um estado tem de ter autoridade.
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