Quando dois é melhor do que quatro
Todos se recordam da história que surgiu há cerca de um ano, de uma jovem mulher, nigeriana, por sinal casada, mas pouco, pois foi encontrada a brincar com alguém que não era o respectivo cornudo, desculpem, marido.
Levada a tribunal pelo crime de adultério, foi a referida jovem considerada culpada, e condenada a ser apedrejada até à morte. Vários pedidos de clemência foram feitos, inclusive houve petições na Internet, mas a sentença foi mantida, e cumprida.
Desde logo, surgem dois pensamentos:
1º Triste fim que a jovem teve, há maneiras melhores de conhecer o criador;
2º É óptimo ser homem na Nigéria, já que o indivíduo encontrado com a jovem, que não era o seu marido, saiu impune;
e não foram necessariamente por esta ordem.
Por altura destes acontecimentos, surgiu igualmente a notícia, proveniente do mesmo país, de que dois “homens” foram encontrados em actos homossexuais numa casa de banho pública. Se na história anterior nada aconteceu ao jovem, por ser homem, aqui a realidade é outra. Tratando-se de panelas, não beneficiaram da presunção de serem homens, e deste modo, foram detidos e acusados de actos homossexuais. Escusado será dizer qual a pena a que estão sujeitos, caso venham a ser condenados.
Esta semana, enquanto lia o jornal, encontrei o desfecho desta história. Os panelas, foram conduzidos a tribunal, e efectuado o julgamento, foram absolvidos, por falta de provas. ABSOLVIDOS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Segundo reza a crónica, a lei daquele país determina que, para se dar como provado um determinado facto, é necessário a testemunho de quatro pessoas, ora no caso em apreciação, apenas surgiram duas pessoas a confirmarem terem visto os indivíduos em actos homossexuais, assim sendo, não se fez prova de que eles estavam em actos homossexuais numa casa de banho pública.
3 Comments:
Dois pesos e duas medidas...não é só por cá que assim é!
Infelizmente a sociedade ainda continua a privilegiar os homens...!
Um Feliz Natal.
Beijocas
Por cá, Cruzeiro do Tejo? Cá há muita palermice, mas os direitos são iguais. Se entrarmos em domínios como a "vida nocturna", diria mesmo que os homens é que não têm direitos. Já alguém foi a uma "gentlemen's night"?
Quando referi, dois pesos e duas medidas era nas leis em geral...
E quanto ao priviligiar os homens também era no geral, não no nosso país em particular, mas de qualquer forma é certo e sabido que os homens, no geral, continuam a ser priviligiados, basta ver a descriminação que é feita nas carreiras profissionais, ou nos ordenados pagos para cargos identicos...
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